Comenda Tapir de Prata

Comenda Tapir de Prata

Todos os países que compõem a Grande Fraternidade Mundial Escoteira mantém um conjunto de condecorações e recompensas como forma de poder dignificar, agradecer e honrar aqueles que tenham dado contribuições significativas ao Movimento Escoteiro. Usualmente, as condecorações e recompensas são divididas em classes, tais como mérito, serviço e valor, sendo as mais significativas ou altas concedidas por um critério misto de mérito e serviços

Uma tradição muito comum em vários países é a das mais altas Condecorações Escoteiras serem usadas pendentes do pescoço, ou seja, serem uma Comenda. Com o objetivo de se destacar das demais elas são nomeadas e figuradas por animais típicos de cada país.

O Tapir de Prata foi definido nos Regulamentos, a partir de 1952, como a recompensa honorífica de mais alto mérito Escoteiro. Dada a sua importância, é a Condecoração Escoteira cujas concessões foram melhor registradas

O primeiro Regulamento para Recompensas da União dos Escoteiros do Brasil foi aprovado pelo Conselho Diretor em sessão de 17 de junho de 1925, criando as seguintes distinções honoríficas: a) Elogio Privado; b) Elogio Público; c) Cruz Suástica; d) Medalha de Merecimento; e) Medalha de Bravura e Heroísmo; f) Comenda Cavaleiro do Lobo de Prata.

O regulamento aprovado em 1925 caiu no esquecimento. Nos anos subsequentes, nenhuma recompensa honorífica foi concedida. Em 1927, o Conselho Diretor da UEB aprovou um novo Regulamento para Recompensas, estabelecendo as seguintes distinções honoríficas: a) Elogio Privado; b) Elogio Público; c) Cruz Suástica; d) Medalha de Mérito; e) Medalha de Salvamento de Vida; f) Comenda Cavaleiro do Lobo de Prata.

A Comenda Cavaleiro do Lobo de Prata, é a demais alto nível, serviria para galhardear atos seguidos de valor excepcionais ou relevantíssimos em prol do Escotismo durante, ao menos, cinco anos. Esta comenda foi concedida apenas uma única vez. O homenageado foi o Escotista Benjamin de Almeida Sodré, o “Velho Lobo”, então Presidente da Federação Brasileira de Escoteiros do Mar e Secretário Técnico da União dos Escoteiros do Brasil.

Inicialmente a concessão da Comenda Tapir de Prata só poderia ser feita por solicitação das Federações que compunham a UEB e com a aquiescência do Conselho Diretor. No Regulamento de 1945 a mesma foi elevada à categoria de Ordem do Tapir de Prata, cujos membros tinham poderes e obrigações bem definidas no Regulamento, inclusive com responsabilidade de velar pela intangibilidade da Doutrina Escoteira. A partir de 1952, foi incluído um pré-requisito obrigatório de que os beneficiários do Movimento Escoteiro tivessem recebido a Medalha Tiradentes há no mínimo cinco anos e que tivessem prestado novos e relevantes serviços ao Movimento Escoteiro. (RIBEIRO, 2014)

Através dos anos, várias alterações foram introduzidas na regra de concessão da Comenda Tapir de Prata. Inicialmente os membros da “Ordem do Tapir de Prata” tinha por dever velar pela intangibilidade da Doutrina Escoteira (1934), recebendo mais tarde a incumbência de assumir a direção geral da União dos Escoteiros do Brasil, quando por qualquer motivo esteja a mesma ameaçada de sua continuidade, além de dar parecer em todas as propostas de concessões dessa honraria (AGO 1945), e para tanto tinha assento nos Conselhos da UEB. Nas revisões posteriores, a Ordem foi extinta, restando apenas a condecoração, como na atualidade. 

Consiste em um tapir (anta, animal herbívoro e pacífico, exemplar da fauna brasileira) de prata sustentada por uma fita de seda achamalotada nas cores verde e amarela, usada pendurada no pescoço e corresponde a uma Comenda de Mérito, concedida somente aqueles que já são portadores da Medalha Tiradentes

Tapir (Anta, Tapira Caiuara), não tem propriamente uma vocalização, solta um forte assopro e um grito agudo. É o Tapir, o maior mamífero da fauna brasileira, o mais corpulento e também o mais forte. É inofensivo. Não ataca, mas defende-se

Autor: DCIM Luiz Salgado Klaes – Reg. 77-9

Em Santa Catarina, no período compreendido entre 1925 a 2022, obtidas nos Relatórios Anuais da UEB/DN, os seguintes agraciados já receberam tal honraria:


Maria Terezinha K. Weiss

2011

Renato Bini

2011

Marcos Carvalho

2011

Luiz Cesar de Simas Horn

2011

Luiz Salgado Klaes

2019

Nadir Antônio Mussio

2021

Narcizo Saffério Giraldi

2021